Esta semana na rúbrica “Conversas de Estágio” tivemos como convidada Beatriz Monteiro, aluna do 1º ano de mestrado, que nos contou um pouco acerca da sua experiência de estágio no 3º ano do curso.
[Beatriz] - Departamento de Neurociências da Faculdade de Medicina da KU Leuven, Bélgica.
[Beatriz] - Sempre soube que queria realizar o estágio no estrangeiro para conseguir ter a experiência de viver fora do meu país e escolhi Leuven pelo prestígio da Universidade KU Leuven.
[Beatriz] - A minha maior dificuldade foi conseguir lidar com a falta de resposta aos e-mails enviados, o que é muito comum neste processo de encontrar um local de estágio. Antes de começar a enviar os e-mails pensei que este seria um processo muito mais rápido do que foi na realidade, pelo que inicialmente tive alguma dificuldade em gerir as expectativas.
[Beatriz] - Para mim foi mais fácil encontrar, primeiramente, projetos que achasse interessantes dentro da instituição. A partir do momento em que encontrava um projeto no qual gostasse de estagiar, enviava e-mails para os contactos associados.
Se ao fim de alguns dias não tiverem obtido nenhuma resposta, uma alternativa poderá ser contactar algum estudante de doutoramento envolvido no projeto.
Outra dica que considero relevante é enviarem um e-mail sucinto. Enviar um e-mail extenso e com muita informação acredito que diminua a probabilidade de obter uma resposta ao mesmo.
[Beatriz] - Neurociências sempre foi uma área que me despertou muito interesse. Tendo a oportunidade de realizar um estágio e escolhendo esta área, seria uma forma de perceber se realmente me via a trabalhar futuramente na mesma.
[Beatriz] - Totalmente.
[Beatriz] - A primeira semana foi a mais complicada porque era tudo novo e muita coisa para aprender, mas toda a gente envolvida no projeto foi muito prestável e sempre me deixou à vontade para pedir ajuda quando precisava.
[Beatriz] - A maior dificuldade que encontrei foi lidar com a realidade da testagem em animais diariamente.
[Beatriz] - Embora não me tivesse sido dado um horário fixo, eu ia todos os dias para o laboratório às 9h e saía quase sempre às 17h.
[Beatriz] -Aquisição de dados resultantes da estimulação de elétrodos e análise de dados.
[Beatriz] - Leuven é uma cidade relativamente pequena e com muitos estudantes, não tem muita confusão e está-se sempre perto de tudo. Estando a 30 minutos de Bruxelas permite conhecer outras cidades muito facilmente.
O único ponto negativo que encontrei foi o clima, tendo em conta que o estágio foi no verão e foram poucas as vezes que o tempo esteve bom.
[Beatriz] - Sim.
[Beatriz] - Foi complicado na medida em que havia pouca oferta e o que havia era muito caro. Ao fim de muitas semanas à procura de alojamento, a melhor opção acabou por ser alugar um Airbnb.
[Beatriz] - A minha adaptação à Bélgica foi muito tranquila. Talvez por Leuven ser uma cidade mais pequena, não senti grande dificuldade em adaptar-me à nova realidade.
[Beatriz] - Foram todas as aprendizagens exteriores ao estágio, associadas a viver sozinha num país diferente.
[Beatriz] - Foi ter escolhido um país com um clima completamente diferente de Portugal.
[Beatriz] - Falei sempre em inglês, tanto dentro como fora do laboratório, pelo que senti uma grande diferença no mesmo ao longo dos 3 meses.
[Beatriz] - Como trabalhava todos os dias da semana, a única forma era aproveitar a sexta à tarde e o fim de semana.
[Beatriz] - Recomendo totalmente.
[Beatriz]- Ser autodidata e a importância de trabalhar em equipa.
[Beatriz] - Foi importante fazer a relação entre a parte teórica aprendida ao longo da licenciatura com a parte prática possível devido ao estágio.
[Beatriz] - Não serem demasiado exigentes convosco e não se esquecerem que estão lá para aprender, ninguém espera que saibam tudo.